Um dos traços que considero mais importantes numa pessoa é a sua previsibilidade. Ou a falta dela. O dicionário da internet Priberam define a palavra imprevisível de uma forma muito clara: “que não se pode prever”.
A realização da conferência internacional sobre os relacionamentos entre os consumidores e as marcas, relativa ao ramo do Marketing, efetuada nas instalações da Porto Business School nos passados dias 21 a 23 de maio é um bom exemplo do que quero transmitir. O resultado final de qualquer ação, de uma forma geral, tem de ser, no mínimo, o esperado. Claro que a arte (inspiração) é muito importante mas a ciência (planeamento, organização) tem de ser a base!
Como responsável pela organização da conferencia em Portugal (pela primeira vez na sua história realizada fora dos Estados Unidos da América), para além do normal decorrer dos trabalhos (agenda apertada, horário denso) foram agendadas um conjunto de iniciativas que contemplavam não só a vertente profissional mas também a componente social e de lazer. Destaco apenas as iniciativas desta última vertente onde se incluem uma noite de fado com o grande Paulo Cangalhas, um “live show cooking” com o Chef Hélio Loureiro, uma prova de vinhos proporcionada pelo Bento Amaral e conduzida pelo Paulo Russsel-Pinto e uma visita pelo Porto num autocarro turístico. Todas estas iniciativas foram divulgadas antes da conferencia e, naturalmente, foram cumpridas. Correu tudo muito bem.
Quanto aos participantes da conferência internacional estes eram de vinte e três nacionalidades sendo a percentagem de portugueses presentes inferior a 5%… O meu espanto foi no fim, aquando as despedidas, por todos me darem os parabéns por termos cumprido não só o horário e as demais iniciativas profissionais mas como todas as iniciativas da vertente social. É que, segundo me confidenciaram, o normal é prometer muito e fazer pouco…
Sou de opinião que tudo aquilo que possamos planear e prever devemos fazê-lo. Tudo. Em todas as situações. O demais, é deixar andar e corrigir consoante o andamento do navio. Ser previsível torna-se, para mim, uma qualidade essencial não só na vertente profissional mas, acima de tudo, na vertente pessoal.